domingo, 7 de dezembro de 2025

DIÁRIO DE UM DOMINGO DE PAZ

Hoje tive um domingo bem diferente do normal.

A mãe de uma melhor amiga que foi morar no sul, a dona Lúcia, me chamou pra almoçar na casa dela. Informei que chegaria entre 10h e 11h da manhã, mas acabei acordando quase 11h. Mesmo "atrasado", ainda passei no supermercado, comprei batata palha e um salgadinho pra ir comendo no caminho, já que nem café eu tinha tomado. Ainda bem que estava nublado.

Cheguei lá quase meio-dia e ela ainda estava correndo pra deixar tudo pronto. Percebi que ela fazia tudo com pressa, pois achava que eu estivesse desesperado pra comer, mas nem estava. Ela colocou a lasanha no forno, preparou um arroz – que até queimou um pouco, pois conversamos tanto que caiu no esquecimento. A lasanha meio que transbordou no forno e ela ficou ainda mais preocupada, sempre se culpando por nada dar certo. Às vezes eu pensava até que poderia ser a minha energia, mas nem era, era que ela sempre quer fazer as coisas na pressa como se eu estivesse desesperado pra comer – rs. E eu sempre falando pra ela manter a calma, que eu sempre almoço lá pras 13h e que já estava acostumado nesse horário.

O arroz simples branco estava maravilhoso, mesmo queimadinho; a lasanha não tenho o que falar, estava de-li-ci-o-sa! Comi dois pedaços enormes!!! O prato estava maravilhosamente bom a ponto de não ter como rejeitar aquele tanto de comida. Quando coloquei meu prato e comecei a comer, ela fez uma salada de alface americana com tomate, sal e suco de limão. Divina! E entre conversas e conversas, comi ali...

Conversamos tanto que não víamos o tempo passar e já era mais de 15h. Fomos pro quarto dela, ela ligou o ar condicionado, ofereceu sua cama pra eu deitar enquanto pegava um colchão e o colocou no chão pra deitar junto de sua neta. E seguimos conversando, conversando e conversando...

Um pouco depois de 16h30, ela saiu do quarto e foi lavar a louça do almoço. Segui e ela ofereceu um bolo de chocolate que ela já havia feito mais cedo junto com um suco de limão que realmente eu estava com desejo.

Queria ir embora antes de escurecer, ou seja, antes das 18h, mas, como eu já havia pedido no dia anterior, queria que fizéssemos um estudo bíblico. E assim fizemos. Ela fez um apanhado de um livro que tinha lá e, novamente, aprendi várias coisas além de tirar dúvidas de várias outras. Lógico que em alguns momentos fiquei meio incomodado com alguns posicionamentos, mas cada religião tem os seus. Mesmo assim, sigo sem ter uma, mas me mantenho aberto a aprender e a escutar. Afinal, acho que toda religião tem um propósito: o amor.

* * *

Dessa vez registrei aqui como se fosse um diário, coisa que há muito tempo não fazia. O dia foi maravilhoso, de paz e calmaria. Espero que um dia eu possa ter domingos frequentes como o de hoje, regado de bom papo, comida e Deus no coração.

Registro aqui o meu muito obrigado, d. Lucia! 🩷

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

SOMBRA, SHADOW, KITTY, KIKI, KI

Não sei se cheguei a comentar aqui que tenho uma gata, mas acho que não...

Então, no dia 11 de julho, chegou no meu trabalho a Kitty (chamado como no inglês mesmo: "Kirie"). Ela veio na intenção de espantar um rato que comia de tudo, inclusive plásticos. Ela chegou tão pequenininha, totalmente preta e feinha, confesso. Augusto, esposo da Jayanne e amigo da Jessica, foi quem trouxe ela, do nada, dentro de uma caixa de sapato e com ração em uma vasilha simples de margarina. Kitty, que ainda nem tinha nome, estava totalmente assustada. Ela se escondia em todo lugar e miava como se não houvesse amanhã, ficava totalmente desconfiada de tudo e de todos. E foi nessa que acho que ela me escolheu. 💖

Com o passar dos dias, fomos alimentando ela, dando carinho e um amor que nunca imaginei que fosse dar pra um animal. Ela conseguia me escalar com as garras pequenas, finas e afiadas. Em poucos minutos ela já estava no meu ombro como se fosse um papagaio de pirata - rs.

Por sempre nos seguir, acho que demonstrando estar segura do nosso lado, sobretudo do meu lado, decidimos que o nome dela seria Sombra, fugindo totalmente de "Salém", que geralmente é o nome clichê dado a gatos pretos. Mas Sombra soava tão estranho, tão obscuro, tão obsessor... Aí tive a ideia de chamar ela de Shadow (que é sombra em inglês)... Deixava o nome mais feminino, mas, mesmo sentindo que o nome combinava com a personalidade dela - que ainda nem tinha, mas eu já julgava como debochada e bem-humorada - achava que não combinava tanto. E foi aí que, na brincadeira, comecei a chamar ela de Kitty, Kiki e Ki. HAHAHA Juro que chamava porque os americanos usam o "kitty" como se fosse o "chane" aqui no Brasil - rs. Eu chamava assim com molecagem mesmo, mas nunca imaginei que fosse pegar. E pegou. 😁

Como ela veio pro nosso trabalho, comecei a impor regras pra ela: não podiam dar comida que não fosse ração, por exemplo. Uma coisa que me deixa totalmente desconfortável é eu estar comendo e um animal espiando, miando ou latindo pedindo. Pode ser que seja chatice minha, mas como ela se tornou a minha gata, quis que isso não acontecesse. E aconteceu. Lógico que o barulho de uma embalagem ou o chiado de uma sacola chama a atenção dela, mas não deixo chegar ao ponto de ela ficar do meu lado enquanto faço alguma refeição.

Nas minhas viagens acima de dois dias, Abimael tem me ajudado. No feriado do aniversário da cidade, ele veio todos os dias ver ela, deixar água e comida. Além de deixar pra ela, ele ainda deixava pra outros gatos que aparecem por aqui ~ mas não acho isso certo, não, hein. 🤔

Com o tempo percebi que a Kitty já estava apegada a mim. Quando eu abria o portão do trabalho, ela já vinha correndo. Quando eu chamava pelo seu nome, ela meio que me respondia apenas com um miado. É incrível isso! 🥰 Ou é normal e eu não sei.

Nos finais de semana que não estou trabalhando, deixo bastante água e ração pra ela. Ainda assim, fico monitorando pelas câmeras como ela está ou se alguém acabou de comer tudo — falo "alguém" porque têm uns gatos que vêm aqui de vez em quando comer da comida dela. Já aconteceu algumas vezes de eu vir no sol quente de casa pra poder arrumar as coisas dela. Inclusive, da última vez que vim aqui, num sábado, o Eduardo veio comigo. Ele conheceu ela aqui, foi muito carinhoso com ela e acho que ela também gostou dele.

Como esses gatos sempre apareciam por aqui na nossa ausência atrás de comida, fiquei imaginando que eles pudessem querer outro tipo de comida, se é que vocês me entendem... HAHAHAHA. Foi aí que pensei que ela teria que ser castrada, pois eu não ia dar conta de vários filhotes dela. Se no final de semana eu fico preocupado apenas com ela a ponto de vir aqui no trabalho podendo estar no meu descanso, imagine com cinco ou seis gatos por aqui... Eu ficaria louco!!! Então fiquei pensando que poderia juntar dinheiro pra castrar ela. Só que isso ia demorar muuuuuuito, porque eu tenho prioridades na minha vida também. #pobre

Um dia, no Instagram, Wanderson Rebelo me deu uma ideia simples, mas que fez meu LED acender: "Faz uma rifa!" 💡 Por que eu não tinha pensado nisso antes? Foi a partir daí que comecei a me organizar. Bolei na minha cabeça como seriam os posts, qual pegada seria levada, quando seria o sorteio da rifa, quanto teria que ser o prêmio... E tudo foi dando certo na minha cabeça até que tive que colocar pra fora. Montei tudo e, em poucos dias, vendi quase 500 pontos a R$ 2,50. No final, consegui pagar o prêmio do ganhador, que era um PIX de R$ 100, e, como o que sobrou passou muito do valor da castração, comprei uma coleira, um saco de ração, 40 sachês e um pote de plástico pra que a ração não corra o risco de estragar dentro do saco. A previsão de chegada de tudo isso é pra daqui a duas semanas.

Ontem, enfim, após várias semanas agendando, foi feita a castração da bichinha. 🙌🏻

Além do valor da castração, tive que comprar remédios, pomada, soro, algodão, dipirona... e o bendito cone que evita que ela possa lamber o ferimento. Tudo do dinheiro da rifa dela! Imaginei que ela fosse me dar trabalho com esse cone, mas até que está sendo de boa. Óbvio que vejo na cara dela que ela não gosta de estar usando aquilo, mas é necessário.

Ontem ela estava totalmente grogue, com a pupila dilatada... Eu juro que chorei quando trouxe ela de volta, eu me emocionei, senti pena. Ela tava molinha, molinha... Dá uma peninha demais. Hoje percebi que ela está mais de boa. Ah, um detalhe: tive que me mudar pro trabalho. Não ia conseguir deixar ela sozinha aqui, o pior poderia acontecer.

Ontem, no primeiro dia, à noite, já passei uns perrengues com ela. Pedi ajuda do Abimael, mas ele meio que não soube me ajudar como eu queria. Tentamos limpar a feridinha dela com soro e algodão, quase não deu. Temos que dar três gotas de dipirona pra ela, mas ela ficou babando muito a ponto de espumar pela boca, o que me deixou aflito demais por dentro. Inclusive, informei isso pro veterinário e ele disse que é normal. Eu já ia suspender mesmo que ele dissesse pra continuar dando, mas como ele disse que já passou de 24h, então poderia suspender.

Na hora de dormir, achei que fosse ficar a madrugada toda acordado, mas não. Acho que ela me acordou apenas umas três ou quatro vezes com o barulho do cone roçando na parede. Ela ficou a maior parte do tempo como agora: deitada do meu lado e quietinha, sem se mexer. Vez ou outra eu ia lá, mesmo na meia-luz, ver se ela respirava. Quando não conseguia ver por conta do escuro, fazia um carinho nela até ela se mexer.

Hoje ela me acordou antes das 7h. Fiquei brincando com ela, levei ela pra passear aqui por fora da casa, dei comida pra ela e assim ela seguiu. Ainda pela manhã, Jessica me ajudou a fazer a limpeza e colocar a pomada, e ela ficou comportada. Ela deu uns miados, mas nada comparado aos miados que ela dava ontem quando eu tentava abrir as pernas dela pra ver os pontos. Nunca tinha visto ela tão feroz.

Estou no segundo dia dos quinze morando no trabalho. É bom o silêncio e o vento daqui à noite. Eu adoro casas que são no alto, são mais frias, mais tranquilas... Adoro o barulho das folhas secas no chão sendo arrastadas pelo vento, ao mesmo tempo que me assusta. Mas são escolhas, né. Torço pra que ela fique bem logo. 🐈‍⬛

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

DO NADA

Hoje estou de home office. 👨🏻‍💻

Daqui a alguns minutos começa o meu expediente aqui em casa, no meu quarto, na minha cama e na minha preguiça. Ainda não peguei o celular do trabalho, mas já sei que haverá algumas mensagens por lá.

Mas por que, do nada, vim pra cá? Sei lá, eu só senti vontade, como em todas as outras vezes.

Os últimos finais de semana fiquei bastante ocupado. Na verdade, os meus domingos foram quase todos ocupados e certamente não foram à toa. Vou ganhar um dinheirinho com isso, e dinheirinho no final do ano é sempre bem-vindo, ainda mais em uma situação muito chata que estou vivendo nos últimos meses no trabalho. A falta de organização e planejamento causa isso e não sei ainda como os meus olhos não ficaram atrás de tanto que os reviro. Enfim, deixa quieto. 😓

Espero não ter dívidas agora no final do ano, mas é tão difícil não ter. Já comprei coisas pra Kitty, a gata, mas ainda bem que foi com o dinheiro que a rifa dela deu. Graças a Deus e à maioria dos meus amigos virtuais, consegui arrecadar mais de mil reais. Ou seja, mais de cinco vezes o valor da castração dela. Claro, esse valor é totalmente dela, está em uma conta separada e, como foi muito, já reverti em coisas pra ela e estou aguardando chegar: um saco de ração, sachês, coleirinha... O restante estou deixando render pra caso ela precise de alguma emergência ou cuidado. Inclusive, a castração dela, que foi o propósito da rifa, está agendada pra essa quarta-feira (26) e espero que dê tudo certo. Vou ter que mudar toda a minha rotina após esse dia, mas Deus vai me manter organizado pra isso.

No feriado passei por um perrengue que registrei em um dos outros blogs. Como sou muito visto aqui e muitas pessoas têm acesso, preferi ser anônimo mais uma vez. Criei um blog inspirado em um que o ChatGPT me indicou um dia desses. Lá eu conto mesmo minhas coisas e tudo bem... Quer dizer, nem tudo bem. Como sinto que não tenho mais ninguém pra desabafar, lá consigo descarregar as minhas emoções, frustrações e o que eu quiser dizer sem ser por aqui. E tem me feito muito bem, tanto que a minha frequência por lá é bem maior. 😁

No mais, quem estiver preocupado comigo, estou bem, mas ainda assim sei que no futuro não estarei, por isso estou tentando me organizar pra retomar à terapia. Vou precisar muito desse suporte pra enfrentar o que estará por vir. São Carlo é mais e Deus mais ainda. Vai dar certo! 🤞🏻